quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ser ocupado demais vale a pena?


“Stop the glorification of busy” (algo como “pare de achar o máximo estar sempre ocupado”), dizia o cartaz da fanpage da Confeitaria. Nunca tinha parado para pensar, mas observando o comportamento das pessoas (e até o meu) constatei que é a mais pura verdade: todo mundo acha lindo ser ocupado demais e não ter tempo para nada.
Cansei de ver pessoas postando no facebook frases como “O dia precisava ter 26h”. Uma amiga virtual chegou a listar tudo o que tinha feito em uma manhã: malhou, levou os filhos ao colégio, leu jornal, e trabalhou (Ufa!). Nas entrelinhas, todos nós sabemos o que essas pessoas estão querendo dizer: “Olha como sou uma pessoa ativa, ocupada. Faço mil coisas e ainda tenho tempo de ir contar no facebook”.
Pare para pensar. Quantas vezes você ouviu a resposta “Poxa, queria muito ir mas não vou poder porque já tenho outro compromisso”, para os seus últimos convites? E quantas vezes você deu essa resposta nos últimos tempos?
Fiquei aqui pensando quando é que ser ocupado demais virou uma qualidade, algo admirável. E o dolce far niente? Que fim deu? Ter tempo para os amigos, para ler um livro, para assistir porcarias na TV ou simplesmente para fazer nada, absolutamente nada, virou coisa de desocupado? de vagabundo?
Não sei, mas acho que talvez precisemos rever nossos conceitos e prioridades. E você? tem a mesma impressão? Compartilhe sua opinião!
Natália Spinacé é repórter de ÉPOCA em São Paulo.

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