sábado, 27 de outubro de 2012

Windows 8: a transição da Microsoft para se tornar empresa de serviços


Steve Ballmer, CEO da Microsoft, durante evento nesta quinta (Foto: AP Photo/Richard Drew)Como começar do zero. Para a Microsoft, o lançamento do seu novo sistema operacional, o Windows 8, representa uma verdadeira reinvenção. “É a maior inovação na história da Microsoft”, afirma Chris Capossela, diretor de Marketing da Microsoft. Lançado na quinta-feira (25), o novo sistema operacional aposta na integração entre os diversos produtos da empresa. E na beleza e o apreço aos detalhes.
Tradicionalmente conhecida como uma empresa de software, a Microsoft juntou-se a empresas parceiras para criar hardwares que aproveitassem melhor as possibilidades do sistema operacional. O resultado são máquinas que brincam na fronteira entre o tablet e o computador pessoal – computadores com teclado e mouse ainda existem, mas a graça está nos notebooks com teclado que podem ser destacados e máquinas com telas sensíveis ao toque. “O Windows 8 é mais que o sistema operacional. É o sistema operacional mais o hardware, que vem junto para criar uma experiência incrível. E é aí que está a essência – um belo design do software e do hardware”, afirma Capossela. “É uma reinvenção não apenas do Windows, mas de toda a companhia. Nós estamos apostando a empresa inteira no Windows 8”, diz.
A tela inicial do Windows foi redesenhada, para se adaptar melhor à utilização de telas sensíveis ao toque. O botão iniciar desapareceu. Em lugar dele, há um conjunto de ícones, chamados blocos dinâmicos, que representam os programas e aplicativos.
O novo sistema operacional é integrado à conta da Microsoft do usuário. Basta cadastrar um e-mail pessoal. Isso permite que as configurações básicas– como o fundo de tela e arquivos deixados no Microsoft Skydrive ,o serviço de armazenamento online– estejam automaticamente acessíveis logo que a pessoa faça o login em uma máquina equipada com o sistema operacional. Isso inclui computadores pessoais e o tablet da empresa, o Surface. “Isso é algo que a Apple e o Google não conseguem fazer”, diz Capossela. “Nós somos a única empresa capaz de oferecer essa experiência unificada no tablet, no celular e no computador pessoal”. Pare ele, esse esforço representa um marco na transição da Microsoft de uma empresa de softwares para uma empresa de serviços.
A empresa também aposta na integração maior às redes sociais – na barra lateral, um ícone dá acesso às redes sociais, reunidas em um só lugar. O atalho também permite o compartilhamento mais rápido de imagens e a atualização mais ligeira de status.

Para quem não se adaptar à novidade, a área de trabalho tradicional continua lá, acessível ao clique de um botão na barra lateral. O formato tradicional permite a utilização de programas como o Microsoft Excel e PowerPoint: “Se você quiser tornar-se produtivo, você acessa a área de trabalho tradicional e trabalha”, diz Paulo Ludíbicus, Diretor de Inovação e Novas Tecnologias da Microsoft Brasil.

Caposselas explica que o objetivo da nova tela inicial é criar uma experiência “fluída para o usuário”. Em telas touchscreen, sensíveis ao toque, a pessoa pode deslizar entre os aplicativos listados. A ação é simples na maior parte do tempo, mas não impede alguma confusão ao navegar entre os aplicativos abertos – durante o evento de lançamento realizado em São Paulo, os anfitriões (entre eles,a apresentadora Didi Wagner e o rapper Mv Bill), se atrapalharam na transição de telas por mais de uma vez. Culparam os dedos suados.
O problema real surge em aparelhos sem telas touchscreen. Enquanto a sensibilidade ao toque torna o novo design intuitivo, usar o Windows 8 com o mouse ou touchpad é mais demorado e cansativo. Para minimizar um aplicativo, é preciso arrastá-lo para a parte de baixo da tela. O ato simples leva tempo para ser operado com um mouse, e te faz sentir saudades dos velhos botões de “fechar” e “minimizar”.
Revista Época

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...